Radio Onda Livre
Como Sócio fundador desta Rádio quero aqui fazer algumas considerações sobre o seu funcionamento.
Como o nome indica, Onda Livre, esta rádio tem de ser completamente isenta a qualquer influência exterior. Ao longo dos anos isso não tem acontecido. Fiz alguns programas de rádio nos primeiros anos e notei várias vezes a censura interna sobre alguns temas que apresentava. Apesar das pressões, nunca nenhum programa deixou de ir para o ar, dificilmente me calam. Só durante um mandato, no passado recente, a Rádio foi verdadeiramente livre.
Mas vamos a factos. A Rádio tem de divulgar todas as notícias que interessam à região mas não o faz. Seja em que campo nos debruçarmos a selecção faz-se de acordo com as "ordens" do exterior. Não há o contraditório.
Em relação a Eventos Culturais é feita uma selecção baseada em critérios no mínimo personalizados. Alguns não são noticiados por razões meramente políticas, outras porque são incómodas.
Em relação a entrevistas ou a notícias em que estejam envolvidas determinados sectores políticos a "voz do dono" tem interferência. Vão ao ponto em dá-las em dias consecutivos não permitindo o contraditório.
Não há debate de ideias, não há um pouco de cultura, esta Rádio está apostada, tal como acontece noutros sectores, em tornar amorfo o pensamento dos ouvintes.
Mas quando chega o fim de semana, é "fartar vilanagem". Impera o mundo do pontapé na bola. Em todos os campos onde houver bola aí está a rádio a levar aos ouvintes as peripécias do jogo.
Julgava eu que o País dos três "EFES" tinha perdido o seu apogeu mas estava enganado. E para atenuar podiam falar noutras modalidades que têm lugar no distrito. No entanto é o futebol e o seu "primo" mais recente, o Futsal que impera.
Já era tempo de inverterem este caminho pois num país democrático as minorias também tem direitos.
Vieira de Carvalho
O que acha do programa Finicia da camara de Macedo
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produzido por Imaginarium